Paraná Handebol projeta temporada 2023

Paraná Handebol projeta temporada 2023

Importantes decisões foram tomadas para dar andamento ao desenvolvimento do handebol no Estado durante a realização da Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Liga de Handebol do Paraná (LHPr), realizada no início deste mês em Toledo. O evento contou com a presença de representantes dos 77 clubes filiados.

Na oportunidade, Roberto Ferreira Niero (Pimpão), que preside a entidade, enalteceu o quanto a união de todos os clubes em prol do desenvolvimento e crescimento do handebol tem colocado o Paraná como referência para a modalidade no país. “O Campeonato Paranaense Adulto e o Circuito Paranaense de Handebol de Praia estão entre as maiores competições nacionais, isso muito nos orgulha e é reflexo do trabalho sério desenvolvido pela Liga de Handebol do Paraná, pelos dirigentes e professores das equipes, bem como dos atletas, que têm elevado cada vez mais o nível técnico de nossos campeonatos e nos projetado Brasil afora”, ressaltou, agradecendo a presença de todos.

Presidente da Liga de Handebol do Paraná, Roberto Ferreira Niero (Pimpão): “A França é uma das principais escolas de handebol mundial, através deste convênio vamos contribuir para aperfeiçoar e qualificar cada vez mais os professores e atletas que atuam no país e principalmente aqui no Paraná”
 

O vice-presidente da LHPr, Erivalto Oliveira, reforçou o compromisso de todos os clubes no fomento do handebol paranaense. “Nos dedicamos bastante para fortalecer o handebol do nosso Estado e o trabalho de cada um é fundamental para continuarmos buscando cada vez mais a evolução do nosso esporte. A assembleia é o momento ideal para debatermos melhorias e tomarmos decisões que vão nortear o nosso trabalho ao longo do ano, obrigado a todos que atenderam o nosso chamado”, declarou.

Também esteve presente na AGO, o vice-presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Marcelo Rizzotto (Cebola). “Eu sou fruto da Liga de Handebol do Paraná, minhas raízes são do Paraná, e não escondo de ninguém a grandiosidade que está a nossa entidade e os campeonatos paranaenses. Temos três divisões na categoria adulta, que reúne mais de 30 times no total, então é um orgulho imenso vivenciar o que está sendo feito no Estado sob o comando do Pimpão e de tantos outros dirigentes que construíram e seguem construindo a história do handebol paranaense”, salientou.

Presidente da Liga de Handebol do Paraná, Roberto Ferreira Niero (Pimpão) com o vice-presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Marcelo Rizzotto (Cebola): “Eu sou fruto da Liga de Handebol do Paraná, minhas raízes são do Paraná, e não escondo de ninguém a grandiosidade que está a nossa entidade e os campeonatos paranaenses”- Foto: Mauro Bianchi

 

Além da prestação de contas de 2022 das diretorias técnica, de arbitragem, administrativo e financeiro, as quais foram todas aprovadas pelo Conselho Fiscal, foi tratado também do planejamento da temporada 2023 e realizada uma reunião técnica com os dirigentes das equipes que disputam a Chave Ouro, Chave Prata e Chave Bronze da categoria adulta do Campeonato Paranaense para tratar de alterações no regulamento das competições.

 

Convênio Brasil-França

O presidente da LHPr apresentou aos representantes dos clubes filiados o convênio Brasil-França, firmado em outubro do ano passado com o Clube Universitário Pauc, que disputa a primeira divisão francesa.

A parceria entre os dois países objetiva fazer um intercâmbio profissional entre dirigentes, técnicos e atletas para promover o desenvolvimento, a evolução técnica, o fortalecimento e a modernização do handebol brasileiro. “A França é uma das principais escolas de handebol mundial, através deste convênio vamos contribuir para aperfeiçoar e qualificar cada vez mais os professores e atletas que atuam no país e principalmente aqui no Paraná, fomentando melhorias consistentes e contínuas na modalidade. Com a união e o trabalho de todos vamos seguir avançando no desenvolvimento do nosso handebol”, enfatizou Pimpão.

Presidente da Liga de Handebol do Paraná, Roberto Ferreira Niero (Pimpão): "A França é uma das principais escolas de handebol mundial, através deste convênio vamos contribuir para aperfeiçoar e qualificar cada vez mais os professores e atletas que atuam no país e principalmente aqui no Paraná, fomentando melhorias consistentes e contínuas na modalidade"

 

Inicialmente devem ser criados polos da modalidade, dentro do conceito de metodologia do trabalho francês, que envolve escolas, universidades e clubes, nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Conforme Pimpão, para fazer o intercâmbio as equipes terão que arcar com as despesas de passagens aéreas, enquanto estadia, alimentação e logística interna serão custeadas pelo Clube Universitário Pauc, bem como os técnicos e atletas devem falar francês ou inglês. “Para isso estamos buscando parcerias com escolas de idiomas e patrocinadores para viabilizar a ida destes profissionais e jogadores à França, bem como demais convênios. Sabemos que o início do processo é mais moroso, mas com o envolvimento e empenho de todos vamos conseguir concretizar esse convênio a médio prazo”, anseia.

Para tratar de assuntos ligados à parceria com o handebol francês, foi formada uma comissão, a qual é presidida pelo Roberto Niero, que tem como vice-presidente o membro da República dos Esportes, Ronaldo Cunha Nascimento, e os conselheiros Ivaney Mascarenhas de Castro, presidente da Federação Estadual do Rio de Janeiro; Luiz Fernando Andrade, presidente da Federação Mineira de Handebol, e Marcelo Rizzotto (Cebola), vice-presidente da CBHb.

 

Do mini ao máster

Com a participação de cerca de 2,6 mil atletas, a LHPr retomou o calendário oficial de competições estaduais em 2022, tendo apenas não realizado a Paraná Handebol Cup, em decorrência de restrições da pandemia de Covid-19. No total foram promovidos 18 eventos esportivos, que envolveu jogadores das categorias mini (-10 anos), mirim, infantil, cadete, juvenil, junior, livre e máster. “A Liga de Handebol do Paraná é a maior em proporcionalidade de participantes, de envolvimento de atletas e de categorias, porém em termos qualitativos é São Paulo, por terem um poder aquisitivo maior. Todo atleta que se destaca no Paraná vai jogar no Estado paulista, porque lá os clubes têm orçamento maior, bolsa atleta, bolsa de estudos, entre outros benefícios”, menciona o diretor técnico da LHPr, Gentil Soares de Lima.

Diretor técnico da Liga de Handebol do Paraná, Gentil Soares de Lima: “O handebol de cadeira de rodas estava totalmente abandonado, era desenvolvido por outra entidade e a partir deste ano estamos inserindo ao calendário da Liga, inicialmente com duas competições”

 

O dirigente reforça que a política da entidade paranaense é de desenvolver o handebol não apenas pensando no talento dos atletas. “Nós temos categorias abaixo de 10 anos até 55+ e alguns campeonatos têm divisões, como no adulto e no juvenil, visando democratizar o acesso à prática do handebol. Dentro dos nossos valores e de como pensamos em desenvolver o handebol estamos satisfeitos com os resultados alcançados: conquistamos o reconhecimento nacional e internacional, somos muitos bem vistos por todas as federações, referenciados em todos os simpósios de handebol do país, ao ponto de chegarmos a ter uma parceria firmada com a maior escola de handebol do mundo”, frisou Lima.

 

Retorno das competições estaduais

 

Com pouco mais de um ano sem treinar por conta das restrições da Covid-19, as equipes retornaram às quadras em 2022. Conforme o diretor técnico da LHPr, nas categorias de rendimento houve aumento no número de participantes, com o Campeonato Paranaense Adulto e o Circuito Paranaense de Handebol de Praia se consolidando no cenário nacional entre as maiores competições do país. Por sua vez, nas categorias de base o número de participantes reduziu, Lima justifica que esse ainda é um reflexo da pandemia que paralisou completamente todos os treinos e eventos esportivos.

De outro lado, o dirigente expõe que houve avanços significativos no quadro de arbitragem, a inserção de novos técnicos no mercado paranaense e a realização de todas as competições dentro do prazo planejado. “Algumas cidades absorveram as competições com mais propriedade do que outras, desenvolvendo ações externas que trouxeram um grande público para os ginásios, mas no geral fomos muito recebidos em todos os municípios sedes. Agora é seguir trabalhando para que o handebol cresça cada vez mais”, salienta.

 

Novidades na temporada 2023

A temporada 2023 está repleta de novidades, a começar com a incorporação de competições do handebol de cadeiras de rodas no calendário oficial da Liga de Handebol do Paraná. “O handebol de cadeira de rodas estava totalmente abandonado, era desenvolvido por outra entidade e a partir deste ano estamos inserindo ao calendário da Liga, inicialmente com duas competições. Acredito que essa iniciativa vai trazer grandes frutos e uma nova visão também para nossa Liga, que será a única do Brasil a absorver atletas dessa modalidade”, exalta Lima.

E a partir da temporada 2023 o Festival Paranaense, que abrange as categorias mini (sub-10) e mirim (sub-12), será realizado de forma regionalizada em seis regiões esportivas simultaneamente, afim de atingir um maior número de crianças participantes.

Para validar a inscrição as equipes aptas à disputa da primeira, segunda e terceira divisão do Campeonato Paranaense devem obrigatoriamente inscrever pelo menos uma equipe, feminina ou masculina, nas competições das categorias de base sub-10, sub-12 ou sub-14.

 

Calendário homologado

Na temporada 2023 serão promovidos 19 eventos pela Paraná Handebol, envolvendo as categorias do mini ao máster +55. Neste ano todas as regiões do Estado vão receber uma etapa estadual, que terá entre os municípios sedes Apucarana, Assis Chateaubriand, Astorga, Cascavel, Corbélia, Curitiba, Goioerê, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Santa Helena, Toledo e Umuarama. “Foi aprovado o calendário e a maioria das sedes já estão definidas, o que nos dá tranquilidade para iniciar a temporada”, afirma Lima.

Para conferir o calendário completo, prazo de inscrições e datas dos campeonatos acesse o site www.paranahandebol.com.br.

 

Contas aprovadas

O diretor administrativo e financeiro, Pedro Pinheiro, apresentou o relatório de receitas e despesas com as Seleções Paranaense Cadete. No indoor, as equipes disputaram em junho de 2022 o Campeonato Sul Brasileiro de Seleções Cadete, realizada em Curitiba (PR), encerrando a disputa com a medalha de prata no masculino e de bronze no feminino; e no handebol de praia os selecionados feminino e masculino participaram, em setembro, do Campeonato Brasileiro de Seleções na cidade de Maricá (RJ), não obtendo pódio, mas ganhando experiência ao jogar com várias seleções estaduais e nacionais.

Diretor administrativo e financeiro da Liga de Handebol do Paraná, Pedro Pinheiro: “Após a pandemia nós conseguimos restabelecer as contas e os compromissos que a Liga tem, fortalecendo as nossas competições e oferecendo uma premiação de mais qualidade tanto às equipes como para os atletas destaques”

 

Em seguida, Pinheiro apresentou o relatório de receitas e despesas referente aos 51 eventos realizados na temporada 2022, sendo 36 eventos oficiais promovidos pela entidade, nove competições em que a LHPr participou como parceira e seis eventos nacionais, além dos 89 campeonatos realizados pela Paraná Esporte, em que atuam os árbitros associados à Associação de Árbitros de Handebol do Paraná (Apah), totalizando 140 competições.  

Em seguida, discorreu sobre os reajustes das diárias para a equipe de arbitragem e de serviços de saúde, segurança do alojamento, limpeza das quadras, limpeza dos alojamentos e rodoboy. E na sequência expôs ainda apreciação da assembleia os reajustes das taxas de anuidade, inscrição de equipe avulsa, registro ou renovação de atletas, transferência estadual ou nacional de atletas federados e/ou confederados, dentre outras, e a previsão orçamentária para 2023, sendo todos os relatórios aprovados pela AGO e pelo Conselho Fiscal.

“Após a pandemia nós conseguimos restabelecer as contas e os compromissos que a Liga tem, fortalecendo as nossas competições e oferecendo uma premiação de mais qualidade tanto às equipes como para os atletas destaques. Acredito que todos os filiados ficaram bem satisfeitos com o ano 2022. E agora a previsão para 2023 é que seja melhor ainda, que nós possamos fazer uma gestão bem articulada, com parcerias sólidas, para que todas as áreas sejam contempladas”, salientou. “Estou muito contente pelo que nós conseguimos realizar, crescemos um pouco mais e a Liga hoje está com 77 filiados, quase 300 equipes jogando eventos oficiais, número que para nós é uma vitória muito grande e resultado de um trabalho que iniciamos há 21 anos atrás”, completou o diretor de arbitragem da Paraná Handebol, Newton Trindade Junior.

A previsão entre eventos esportivos realizados pela Paraná Handebol, apoiados ou em parceria com a CBHb e a Paraná Esporte totalizem 141 competições em 2023. “Assumimos esse compromisso e vamos trabalhar ainda mais com austeridade, transparência e disciplina”, pontuou Pinheiro.

 

Qualificação da arbitragem

O diretor de arbitragem da Paraná Handebol disse que 2022 foi marcado pelo resgate de alguns árbitros que estavam afastados e de crescimento e valorização de jovens árbitros. Segundo ele, a Clínica de Arbitragem de Handebol realizada sempre no início da temporada e dentro do Simpósio Internacional Paraná Handebol oferece uma amostra dos profissionais que estarão à disposição da diretoria de arbitragem para a temporada. “A partir do momento que conhecemos a qualidade dos árbitros passamos a entender melhor em quais áreas é preciso trabalhar para qualificar cada vez mais esses profissionais. Participar da clínica é um dos pré-requisitos para atuar e um momento de formação, atualização e de avaliação teórica e prática dos conhecimentos adquiridos. Para a edição 2023 do Simpósio estamos trazendo temas que foram elencados pelos técnicos e algumas mudanças que estão ocorrendo na arbitragem a nível de mundo”, adianta Trindade.

Diretor de arbitragem da Liga de Handebol do Paraná, Newton Trindade Junior: “Estamos retomando um trabalho com uma nova dinâmica na formação e qualificação de árbitros, em virtude do volume de trabalho muito grande no handebol indoor, no handebol de praia e agora também no handebol de cadeiras de rodas”

 

Mais de mil escalas

De acordo com o dirigente, 142 árbitros paranaenses responderam por mais de mil escalas, atuando em 140 eventos oficiais no Paraná, campeonatos nacionais, Sul-Americanos, Pan-Americanos e Mundial. “Atuamos em todos os níveis e a arbitragem correspondeu à altura, conseguimos atender 99% das escalas que foram solicitadas. Tivemos uma melhora na condição técnica e física dos árbitros, mas acima de tudo na compreensão da importância que a arbitragem tem dentro do handebol, do papel crucial que desempenham na sustentação e no desenvolvimento do esporte em todas as regiões do Estado”, avaliou Trindade, que tem mais de cinco décadas de experiência na modalidade, tendo atuado como atleta, árbitro, técnico, dirigente esportivo, supervisor de Seleção e presidente. “Sou muito feliz dentro do handebol, já atuei em todos as funções, mas foi a arbitragem que me encaminhou para eu estar neste lugar que ocupo hoje”, exalta.

O presidente da Apah, Jefferson Souza, avalia que 2022 foi um ano de contraste, em que houve um número baixo de árbitros federados e um aumento expressivo de competições, cenário atípico que levou a atuarem com um quantitativo reduzido em alguns campeonatos. “Aumentou a demanda e nós diminuímos o quantitativo de árbitros, isso foi um fator dificultativo para nós, mas de bastante aprendizado”, destacou.

Em razão do grande volume de eventos esportivos e do número insuficiente de árbitros para atender a atual demanda, a diretoria de arbitragem, em parceria com a Apah, apresentou e foi homologado na assembleia o desenvolvimento neste ano de dois projetos que visam capacitar profissionais para aumentar o quadro da arbitragem paranaense. “Estamos retomando um trabalho com uma nova dinâmica na formação e qualificação de árbitros, em virtude do volume de trabalho muito grande no handebol indoor, no handebol de praia e agora também no handebol de cadeiras de rodas”, mencionou Trindade.

O Programa de Formação e Desenvolvimento de Árbitros 2023/2024 objetiva selecionar árbitros talentosos e experientes de diferentes regiões do Estado e capacitá-los para a arbitragem estadual e nacional, oportunizando a eles uma estrutura para o desenvolvimento das habilidades de arbitragem. Com carga horária de 20 horas, os cursos de formação têm seu início dentro do Simpósio, de 24 a 26 de fevereiro em Umuarama. Na sequência, a previsão é realizar as demais capacitações de 03 a 05 de março durante a Paraná Handebol Cup em Cascavel; entre 10 e 12 de março em Jacarezinho e Pato Branco; de 17 a 19 de março em Guarapuava, Alto Paraná e Cascavel; de 24 a 26 de março em Telêmaco Borba e Paranavaí; e de 21 a 23 de abril em Curitiba e Londrina.

E o Programa de Formação de Árbitros para o Futuro é destinado para jovens com idade entre 17 e 21 anos, que estejam envolvidos de forma ativa com a modalidade, seja auxiliando os seus técnicos junto ao time, na escola e no treino ou em amistosos apitando e preenchendo súmulas. “Através desse programa queremos não apenas formar novos árbitros, mas também capacitar pessoas que atuam no handebol para que continuem na modalidade. Nossa ideia é envolver jovens atletas que gostam da arbitragem e que querem permanecer no handebol, mas que às vezes falta o financeiro para que continuem jogando”, menciona Trindade.   

Conforme o diretor de arbitragem entre os objetivos desta iniciativa está recrutar jovens com interesse em se tornar árbitro (a), identificar talentos por meio dos clubes ou em ambientes escolares, reforçar o quadro de arbitragem para garantir uma melhor renovação das elites da arbitragem paranaense, propor que os jovens assumam responsabilidades através da arbitragem, fornecer estrutura para que desenvolvam suas habilidades para atuarem como árbitros em seus clubes, fortalecer seu envolvimento em favor do handebol regional e atuar como referência no conhecimento das regras dentro da sua equipe.

Trindade afirma que esse projeto será desenvolvido em parceria com a Apah, com as famílias e com os clubes que vão indicar essa nova geração, ou seja, a Liga vai passar a estar presente também dentro dos clubes. “Esses jovens serão acompanhados por coordenadores da equipe de arbitragem paranaense e os clubes devem arcar com transporte e alimentação”, afirmou o dirigente, acrescentando: “Nós queremos já contar com esses jovens ainda esse ano em funções de mesa, como secretário ou cronometrista, no Festival Paranaense e nos Jogos Escolares. Quiçá consigamos levar esses jovens adiante e a partir do próximo ano já possam se cadastrar como árbitros na Apah”, anseia.

Presidente da Associação de Árbitros de Handebol do Paraná Associação de Árbitros de Handebol do Paraná, Jefferson Souza: “Com os programas de Formação e Desenvolvimento de Árbitros e de formação de jovens árbitros a Liga junto com a Apah vai dar um passo muito grande em direção a evolução da arbitragem paranaense”

 

Souza acredita que estes programas são de suma importância para o crescimento e o desenvolvimento da arbitragem no Paraná. “Normalmente aqueles que fecham o ciclo como atletas ingressam na arbitragem um pouco tarde e, às vezes, a evolução não acontece de forma rápida, então estes programas, principalmente este que incorpora os jovens nas nossas competições, são muito válidos, porque esses jovens vão começar a ver o handebol de uma outra forma: jogar é uma coisa, arbitrar e ter um olhar imparcial é totalmente diferente. A Liga junto com a Apah vai dar um passo muito grande em direção a evolução da arbitragem do Paraná”, vislumbra.

 

Maior quadro de arbitragem do país é do Paraná

Apesar de um quantitativo baixo, a Paraná Handebol detém o maior quadro de árbitros do Brasil e o maior número de clubes filiados entre as federações do país. Trindade diz que a LHPr reconhece a responsabilidade que tem e busca de forma contínua qualificar cada vez melhor os árbitros que atuam no Estado. “Nós conseguimos em 21 anos fazer o que muitas federações com 40 ou 50 anos não conseguiram, claro que é um desafio, entendemos o que Liga representa e a responsabilidade que temos por dispor do maior quadro de árbitros do país, sendo que o Brasil lidera em número de árbitros de handebol entre os países das Américas. Por isso procuramos qualificar e atualizar sempre esses profissionais para que estejam cada vez mais preparados para as diferentes circunstâncias dentro de quadra”, ressaltou o dirigente.

 

Reunião técnica

Após a AGO, os representantes dos clubes que disputam a categoria livre do Campeonato Paranaense participaram de uma reunião técnica para discutir alterações no regulamento e no formato de disputa da competição. “Estamos otimistas, tivemos uma fase de debates, um momento para democratizar as ideias, ver o que é melhor para todos, agora vamos filtrar tudo que foi debatido para tentar proporcionar a melhor e a mais justa competição possível”, disse Lima ao fim da reunião, agradecendo aos dirigentes e técnicos que tem se empenhado para participar dos campeonatos estaduais. “Quando tem discussão e debates é porque estão bem-intencionados e querem contribuir para o desenvolvimento do nosso handebol, acredito que quem participou da AGO e da reunião estão se empenhando ao máximo para que neste ano participem do maior número de categorias possível, que é o que nós pretendemos atingir dentro do nosso planejamento”, reiterou o diretor técnico da LHPr, Gentil Soares Lima.

Representantes dos clubes que disputam a primeira, segunda e terceira divisão do Campeonato Paranaense discutiram em reunião técnica alterações no regulamento e no formato de disputa para a temporada 2023

 

Com o bicampeonato estadual (2021/2022) e dos Jogos Abertos (2018/2019) e atual campeão brasileiro, o Cascavel Handebol já deu início a pré-temporada com um elenco de peso, mesclando a experiência com a juventude, dobradinha que tem feito a equipe conquistar títulos e se colocar entre as principais seleções estaduais do país. O aguerrido e incansável atleta Marcelo Rizzotto (Cebola), dirigente da Associação de Handebol de Cascavel, relata que em razão do orçamento das equipes o modelo de disputa da etapa final da primeira divisão do Campeonato Paranaense voltará a ser em jogo único e não mais de ida e volta. “Precisamos dar um passo atrás e voltar ao formato antigo de disputa por questões financeiras dos clubes e pela escolha da maioria. Particularmente eu gosto muito do sistema de ida e volta da final, mas decidimos voltar para o sistema de jogo único, que acredito que será bem-sucedido mais uma vez”, expõe.

Assumidamente apaixonado pela camisa que veste, Cebola projeta um 2023 brilhante para o elenco cascavelense, que vai disputar o Campeonato Paranaense - Chave Ouro, a Paraná Handebol Cup, os Jogos Abertos do Paraná, o Campeonato Brasileiro e a Liga Nacional. “Nós queremos no mínimo repetir o que fizemos ano passado, sendo campeão brasileiro, ficando entre as três equipes na Conferência Sul, campeão paranaense e voltar a ter a taça dos Jogos Abertos na nossa mão. Vamos com tudo, com respeito as outras equipes, mas Cascavel está bem servida, tivemos duas baixas com o Cuba se aposentando e o Marcão indo para a Europa trabalhar, mas nós temos alguns reforços que vão contribuir muito com nossos objetivos”, exalta o camisa 4.

O técnico-atleta do Handebol Foz de Iguaçu, Luciano Camargo de Andrade, avaliou como positiva as mudanças propostas e aprovadas pelos clubes que disputam a primeira divisão do Estado. “O que decidimos na reunião técnica é visando a melhoria da competição e pela questão de redução de gastos dos clubes, vejo isso como positivo. No ano passado terminamos a competição entre os seis melhores times do Paraná, neste ano vamos trabalhar para alcançar um resultado ainda melhor”, estima.

Com a pré-temporada iniciada pelas equipes feminina e masculina do EPH/Curitiba, que vão disputar a terceira divisão do Campeonato Paranaense, o dirigente Jason Ferreira falou que as discussões em torno de mudanças tanto do formato de disputa quanto do regulamento são muito importantes para atender e incentivar a participação de um número cada vez maior de times na Chave Bronze.


Reunião de Avaliação e Planejamento da diretoria

Para planejar a temporada 2023, a diretoria da Liga de Handebol do Paraná esteve reunida, no início deste mês, em Toledo, para a Reunião Anual de Avaliação e Planejamento. Presidida por Roberto Niero, participaram da reunião o vice-presidente Erivalto Santos Oliveira, o diretor administrativo e financeiro Pedro Lucas Pinheiro, o diretor técnico Gentil Soares de Lima, o coordenador técnico André de Oliveira Dias, o diretor de arbitragem Newton Trindade Junior, o coordenador de arbitragem Cassimiro Paludeto, a secretária geral e de Infraestrutura Sheila Wayhs, e a vice-presidente da região Oeste Cristiane Navarro.

Reunião de Avaliação e Planejamento da diretoria da Liga de Handebol do Paraná visando o cronograma de eventos da temporada 2023 - Foto: Mauro Bianchi

 

O Conselho Fiscal, composto pelos membros titulares Alessandro Langaro, Jair Grasso e Silvio Gonçalves, e pelos suplentes Derli Stein, Levi Xavier e Marli Damaceno, também esteve reunido para analisar documentos e relatórios contábeis, verificar os investimentos realizados ao longo de 2022 e para formular o parecer para o setor de finanças.

A reunião também contou com a presença do vice-presidente da CBHb, Marcelo Rizzotto, do ex-presidente da LHPr, Richarde Salvador, do presidente da Apah, Jefferson Souza, dos representantes do Departamento de Árbitros da Apah, Esilo Mello e Sandra Quadros, e do supervisor da Seleção Paranaense Cadete Feminina, Mauro Ansolin (Pato).

 

Ascom Paraná Handebol

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